Queridos leitores!
Aproveitando que é tempo de férias de verão em nosso Hemisfério Sul, quero conversar sobre uma espécie de viagem que tem ganho cada vez mais destaque no quesito sair da rotina: o turismo de experiência. Seja para períodos longos ou finais de semana prolongados, seja com o amor, a família, amigos ou mesmo sozinho, seja no próprio estado ou fora do país, há uma força crescente, em âmbito global, dessa forma de viajar.
A escolha por esse tipo de passeio tem a ver com a consciência atual sobre algo que mencionei no post de ontem, a prática de saborear o tempo. Ao escolher um pacote que propicie atividades múltiplas, unidas por um propósito específico, algo de muito positivo se move em nós: o sentimento de fazer parte. E mais ainda, a plenitude do eu-viajante, essência aventureira em cada um. Nas viagens, despertamos para detalhes e emoções, encontrando mundos diferentes daquele do eu-cotidiano.
No turismo de experiência, tomamos contato com o novo, dentro e fora de nós. Dentro, pelas mudanças bioquímicas, como o aumento do neurotransmissor dopamina, por exemplo, colocando em ação a curiosidade e as sensações prazerosas pelo inusitado. Passamos a conhecer mais de nós, pelo estímulo a vivenciar nossas reações em um tempo e um espaço característicos, integrados com outras pessoas. Fora, tomamos contato com o novo através dos cenários, dos roteiros, das tradições e folclores, dos figurinos de uma oportunidade incomum até então. Esse jeito de viajar provoca nosso ser em toda sua extensão, em termos da relação com o corpo, com as emoções e até com a transcendência, pois a participação em uma atividade fora do habitat pode assumir um caráter também meditativo.
Quando nos propomos à experiência, estamos decidindo por um modo de viajar que tem como eixo o um propósito específico. Claro, qualquer viagem envolve a prática de vivenciar o espaço visitado. A diferença é que, em outras formas de exploração do local, partimos ao nosso destino com o objetivo de vivenciar múltiplas possibilidades, ao contrário de um projeto de viagem com um foco estabelecido. Muitas vezes, como viajante, deixo-me conduzir pelo acaso feliz, não planejando roteiros, permitindo que o território me surpreenda. Entretanto, a indicação em comum em todas as espécies de deslocamento: é válido que estejamos por inteiro na proposta, através de nossos sentidos, e atentos ao seu idioma: a percepção. Trata-se de um treino, e enriquece muito nossa sensibilidade. Estamos ali PARA viver determinada cena, colocando em ação quem somos. Cada experiência traz à tona um pouco mais de nós, e nas viagens isso fica ainda mais tangível. Nas viagens com propósito, por exemplo, isso é muito intenso, pois a vivência de uma tradição ou o aprendizado de uma capacidade demanda de nós a dedicação máxima ao momento presente.
Palavras que, para mim, resumem esse modo de romper o cotidiano: vivência, prazer, aprendizado, autoconhecimento, integração, desafio. A Vindima 2017, proposta pela vinícula gaúcha Casa Valduga, como já é tradição em edições anteriores, apresenta esses atributos em sua programação.
Querem saber mais?
Conto em detalhes no próximo post!!!
Com carinho,
Betina
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